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      • Fotografia… a quanto obrigas

      Fotografia… a quanto obrigas

      • Autor Nuno Luís
      • Categoria Dicas
      • Data 23/03/2010

      Sacrifícios que um fotografo está disposto a fazer para obter determinada fotografia

      Qual o sacrifício que cada fotógrafo está disposto a fazer para obter determinada fotografia? Muitas vezes, a questão meramente técnica é a parte mais fácil, pois por detrás de cada imagem captada existem imensas histórias e peripécias que ficam por contar… Este artigo servirá para contar em detalhe a última aventura em que participei com o também fotógrafo e amigo Hélio Cristóvão, e para falar sobre o sacrifício e empenho a que a mesma nos obrigou.

      Neste último ano, e em parceria com outros fotógrafos amigos, tenho vindo a percorrer alguns dos locais mais inóspitos e inacessíveis em Portugal do ponto de vista fotográfico.

      Nossa Senhora da Peneda

      Para quem, tal como eu, é amante da fotografia de paisagem, o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG) é talvez o expoente máximo para este tipo de fotografia em Portugal Continental, tal a diversidade paisagística do local.

      O nosso objectivo nesta aventura era simples: fotografar dois ou três locais no PNPG, sabendo que teríamos pouco mais de 24 horas para concretizar esta aventura. E assim foi.

      Duas semanas antes da nossa expedição e com a ajuda do inevitável Google Earth, planeámos toda a viagem, e após alguns avanços e recuos, decidimos quais os locais a fotografar. Foi numa sexta-feira que deixámos para trás uma Lisboa com algumas nuvens, mas muito solarenga e as nossas expectativas eram elevadíssimas. Com o avançar da viagem, o tempo ia ficando cada vez mais fechado e acima do Porto começou mesmo a chover copiosamente. Em pouco mais de duas horas víamos os nossos desejos praticamente caírem por terra, devido à chuva que teimava em cair e que punha em causa os objectivos a que nos tínhamos proposto.

      Chegados finalmente à Serra da Peneda, o nosso objectivo era fotografar a pequena barragem que existe no alto da Senhora da Peneda, ainda que isso implicasse fazer uma difícil caminhada de mais ou menos uma hora. Devido à chuva que ia caindo de forma insistente, hesitámos em subir, mas como a nossa viagem tinha um propósito bem definido e como que movidos por uma inspiração divina, talvez oriunda da imponente Igreja da Senhora da Peneda, decidimos avançar. Começámos a subir a velha calçada romana e à medida que íamos subindo, a chuva foi parando e uma vez na barragem, a chuva estancou por completo.

      Esta barragem distingue-se por estar rodeada por uma pequena cordilheira montanhosa e pelo facto de mesmo no meio da barragem, como que por capricho dos deuses, se encontrar uma pedra redonda de enormes proporções. Uma vez na barragem, o verde dominava o local. Era um verde quase fluorescente, sentíamo-nos meros figurantes num cenário como este, pois as personagens principais definitivamente não éramos nós, mas sim, as vacas barrosãs, as rãs, os sapos… No nosso íntimo devemos ter pensado que num cenário destes facilmente poderia aparecer uma fada, um elfo, qualquer coisa saída de um conto fantástico, tal o cenário que presenciávamos.

      O pouco vento que se fazia sentir parou por completo, e o pequeno lago naquele momento não era mais do que um enorme espelho reflector de tudo o que o rodeava, desde a montanha, à vegetação ou às árvores. Ah, quase me esquecia: até as próprias rãs faziam questão de mostrar as suas habilidades quando, de uma forma quase sincronizada, saltavam da berma do lago para a água sempre que sentiam a nossa presença.

      Durante quase uma hora, fotografámos de forma intensa, houve momentos em que o azul do céu, o dourado do sol, o nevoeiro e o verde das plantas se misturavam num mundo único, tornando-se difícil descrever e até mesmo registar fotograficamente toda a panóplia de emoções vividas naquele local.


      Nas Margens do Rio Arado

      Passada a hora mágica e após o regresso ao carro, seguimos em direcção à Vila do Gerês onde jantámos e onde teve início a segunda metade desta aventura. Seguimos em direcção à cascata do Rio Arado, onde iríamos montar as tendas e prepararmo-nos para o nascer-do-sol. Programámos os telemóveis para tocarem às 04h30 da manhã e tal e qual um relógio suíço, à hora marcada os telemóveis deram o toque de alvorada, faltava sensivelmente uma hora e meia para o nascer-do-sol.

      Sempre junto à margem do rio e com passagem próxima da enorme e não menos bela cascata que cai imponente em direcção a uma antiga ponte romana, subimos o rio durante mais ou menos uma hora. Ainda que esta subida não seja fácil e exija algum cuidado e esforço físico, acreditem que é gratificante ver a imponência da paisagem por estas paragens, onde o rio serpenteia por entre a imponente cordilheira montanhosa, na qual se escondem inúmeros recantos, tornando-se quase impossível explorar todos eles com a devida atenção – seja um lago minúsculo, uma pequena cascata, ou a própria limpidez das águas que é impressionante por estas paragens.

      Mais uma vez vimos todo o nosso esforço recompensado, uma vez que a acompanhar as cores do nascer do sol, tivemos sempre a presença do nevoeiro, o que proporcionou uma atmosfera única, mística. Nem sei muito bem que adjectivos utilizar para classificar estes momentos únicos, belos e magníficos. No final, cada um registou o momento sublime de acordo com a sua própria visão e interpretação artística do local.

      Passadas todas estas emoções, já eram 11 horas da manhã e estava na hora de regressar a casa. Estávamos de volta a Lisboa, passadas pouco mais de 24 horas sobre a nossa ida, loucura? – Podem dizer que sim, mas lembram-se da frase com a qual iniciei o artigo, “Qual o sacrifício que cada fotógrafo está disposto a fazer para obter determinada fotografia?”. Aqui têm a resposta!Importa referir que toda esta aventura foi feita em plena consciência e nunca tomámos nenhuma decisão que nos pudesse colocar em risco. A montanha pode ser traiçoeira e é preciso ter cuidados quando se percorrem trilhos algo acidentados. A atenção terá de ser sempre redobrada, inclusivamente na viagem de automóvel, durante a qual tivemos o cuidado de parar de duas em duas horas, de forma a evitar o cansaço que poderia provocar algum dissabor.

      Após a chegada, fica a sensação de dever cumprido, independentemente do esforço físico e mental a que tivemos sujeitos, mas ao mesmo tempo também fica a certeza que esta jornada está bem longe do fim, pois apenas cumprimos mais uma etapa deste nosso caminho que tem como principal objectivo, desvendar do ponto de vista fotográfico muitos dos locais quase inacessíveis do nosso país.

      Texto e imagens por Nuno Luís, membro da equipa FOTONATURE.
      www.foto-nature.com
      www.nunoluis.net

      O Fotografia DG não se responsabiliza pelas opiniões emitidas
      e imagens divulgadas pelos seus Colunistas”.

      Tag:Fotografia, paisagem, sacrificio

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      Nuno Luís

      A fotografia sempre foi uma presença constante na vida do autor, que através da sua máquina fotográfica, tenta captar toda a beleza e dramatismo que a natureza tem para nos oferecer no seu estado mais selvagem. A procura constante de momentos únicos que a natureza nos pode oferecer aliado a uma aprendizagem técnica constante, permitiram ao autor participar em várias exposições individuais e colectivas, ver algumas das suas fotos publicadas em revistas nacionais e internacionais bem como a venda de imagens para vários clientes, não só nacionais mas também internacionais.
      Em 2007, é um dos membros fundadores da FOTONATURE, uma entidade que se dedica à realização de workshops de fotografia na vertente de paisagem natural de norte a sul do país.

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