Trata-se por fotografia social aquela voltada para eventos. Nada mais é do que o registro que eterniza um acontecimento especial. E todo fotógrafo social já ouviu, ao menos uma vez, a famosa frase (ou alguma derivação dela): “Depois você arruma essa foto no Photoshop, hein!”.
Chegamos ao sétimo episódio das Dicas do Vernaglia, com algumas considerações sobre tamanhos de sensores de captura de imagem, tanto para vídeo como para fotografia.
Assisti a uma palestra de um aspirante a fotógrafo, devidamente munido de uma 5d MarkIII com uma lente 70-200mm, que dava como verdade absoluta que para fazer uma boa foto você não precisa de uma boa máquina, não precisa ser profissional e não precisa estudar!
Se você quer que as pessoas prestem atenção à sua fotografia e a apreciem, tem que dar a elas uma razão para ficar olhando por mais do que um breve instante.
Para não dizerem que sou um pessimista, eu admito e louvo o fato de que as facilidades trazidas pelos iPhones e afins fizeram com que a alfabetização fotográfica, que já ocorreu faz algumas décadas além mar, tivesse início no Brasil.
Tudo que fotografamos e criamos será que foi mesmo uma ideia única e exclusivamente nossa? Será que não fomos buscar, mesmo que inconscientemente, em algo que já olhamos, vivenciamos e já pesquisamos ou se trata de algo totalmente inexistente até o momento.
Perdi as contas de quantas vezes escutei algum fotógrafo criticar os tipos de registros “preferidos” pela maioria dos iniciantes, ou o simples fato de fotografarem demais.
Ontem, dia 13 de agosto, tive o desprazer de ver um sujeito que se diz fotógrafo copiar trabalhos de outros profissionais e colocar a sua marca d’água sobre as fotos, dizendo-se o autor das mesmas, e publicando estas no Facebook com nomes de clientes fictícios.
O valor do seu trabalho é estabelecido somente com base naquilo que você pode ver? Quanto vale o seu conhecimento, a sua cultura e a sua experiência? Esta é a sua obra intangível!
A fotografia digital já nasceu condenada. Exagero? Esse tipo de conclusão remete a busca por novas tecnologias durante a corrida espacial. A NASA, durante a guerra fria, investiu milhões de dólares numa caneta adaptada para ambiente em gravidade zero. Já os astronautas russos usavam lápis. O mesmo aconteceu com a primeira câmera digital, em 1975.
“Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos.” – Ansel Adams
O que é ou o que deixa de ser arte, o que tem ou não valor, o ser ou o não ser um reflexo do espírito humano. O que afinal é arte?
As leis que regulam a disseminação da informação nasceram depois da invenção da imprensa. Antes dela, copiar um trabalho escrito era um processo complicado e demorado, sujeito a erros, feito pelos escribas, sob o controle e censura do rei ou da igreja.
Acho que estou ficando velho, talvez rabugento, e em virtude desta percepção, resolvo aqui propor uma discussão. Nenhum dos artigos que escrevi até o momento, seja aqui no FotografiaDG ou em todos os sites e revistas com os quais colaborei, precisou tanto de opiniões e comentários como este, assim peço a opinião de todos para aquilo que irei escrever abaixo.
Há anos vemos semanalmente notícias sobre a crise econômica mundial que afetou, principalmente, os EUA e a Europa, porém, um dos países que está cada vez mais imerso nesse colapso financeiro é a terra das touradas, da paella, do flamenco.